A segunda semana e o início da dieta Detox!

Olá!

Hoje completa duas semanas da minha lipo!! Felicidades mil! Pela primeira vez fui ao shopping e, claro, não resisti em entrar numa loja, tirar todo o arsenal (macaquinho/meia/espuma) e experimentar roupas! Fui direto em roupas que antes não me caiam bem por causa do culote: shortinho jeans e saia curta! Quase chorei de emoção quando o espelho me mostrou que ambos ficaram perfeitos!! Levei os dois! Pena que só vou poder estrear depois dos 30 dias... tudo bem, com expectativa é mais gostoso!

Na segunda semana pós lipo o corpo passa a responder bem mais lentamente do que na primeira. A evolução continua acontecendo, claro, mas num ritmo mais ameno. Os roxos praticamente acabaram na parte superior, concentrando-se agora nas canelas (dói!) e os inchaços diminuíram um pouco. Na barriga e nos flancos praticamente não há mais edemas, apenas a fibrose que eu já tinha comentado que deu ao redor do meu umbigo. Aos poucos ela está diminuindo, com muita drenagem. No culote, como foi a região que mais tirou gordura, ainda há bastante edema. 

Pensando em como acelerar esse processo de redução dos edemas, tive a ideia de fazer uma dieta Detox. Na verdade eu tinha vontade de fazer essa dieta há muitos tempo, mas nunca deu certo. A dieta Detox exige muita dedicação, já que todas as refeições devem ser preparadas na hora (a cada três horas) e muita coisa tem que ser batida no liquidificador. Como estou na casa dos meus pais, de férias, por conta da recuperação da lipo, e essa é minha última semana aqui, pensei, É AGORA OU NUNCA!!!

A Detox é uma dieta voltada para a eliminação de toxinas do organismo, como uma "faxina", e de quebra é fenomenal para a redução de inchaços, tudo que eu preciso no momento! Consequentemente, acontece a perda de peso, que também é um objetivo meu, mas não a prioridade no momento. Nos dois primeiros dias, você consome apenas líquidos. "O objetivo é poupar o desgaste do organismo em um processo de digestão prolongado", explica a nutricionista Alessandra Lessmann do Amaral, do SPA Infnity Blue, no Balneário Camboriú (SC).  A segunda etapa da dieta (cinco dias) inclui alimentos sólidos, ricos em fibras, água e antioxidantes. Substâncias anti-infamatórias também entram para valer, deixando o organismo menos resistente à perda de peso (Fonte: http://boaforma.abril.com.br/dieta/tipos-de-dieta-dietas-detox/dieta-detox-mais-magra-sexy-semana-687471.shtml)

Pois bem, comecei minha Detox hoje. Para isto, no final de semana, comprei tudo que precisava. Segue abaixo a dieta completa, fornecida por minha amiga Lorena! Até agora estou me sentindo muito bem! Ao longo da semana vou contando mais sobre essa experiência!

FASE 1: DOIS DIAS CONSECUTIVOS:

Ao acordar:

Beber, em jejum, o suco de um limão diluído em um copo de água morna.

Café da manhã:

Bater no liquidificador: uma banana + suco de duas laranjas + uma fatia de mamão + um copo de água. Beber imediatamente.

Lancha da manhã:

Bater no liquidificador: uma folha de couve manteiga + suco de um limão + uma  fatia de abacaxi + uma lasca de gengibre + um copo de água. Beber imediatamente. 

Almoço:

Sopa-creme de inhame + salsinha OU abóbora + gengibre OU mandioquinha + agrião.

Lanche da tarde:

Bater no liquidificador: uma maçã média (ou duas pequenas) + gotas do suco de  um limão + um copo de água de coco. Beber imediatamente.

Lanche da tarde 2:

Bater no liquidificador: uma cenoura com casca + suco de um maracujá (ou 250 ml de suco de maracujá natural) + uma fatia de abacaxi + uma colher de sopa de quinoa + uma pitada de canela + um copo de água. Beber imediatamente.

Jantar: 

Sopa-creme de inhame + salsinha OU abóbora + gengibre OU mandioquinha + agrião.

**** Respeitar o intervalo de três horas entre as refeições (nem mais, para não  desacelerar o metabolismo, nem menos, para dar tempo do organismo digerir os nutrientes).

**** No intervalo entre as refeições, tomar chá de hibisco ou chá verde à vontade.

FASE 2: CINCO DIAS CONSECUTIVOS:

Ao acordar:

Beber, em jejum, o suco de um limão diluído em um copo de água morna.

Café da manhã:

OPÇÃO 1: Um copo (250 ml) de suco de abacaxi batido com hortelã + uma fatia de pão integral light + duas fatias de peito de peru + duas rodelas de tomate + um fio de azeite extravirgem.

OPÇÃO 2: Um pote de iogurte desnatado + uma fatia de mamão + três colheres de sopa de mix de fibras (linhaça, quinoa e aveia).

OPÇÃO 3: Uma xícara de chá verde + quatro biscoitos integrais com gergelim + um queijo tipo polenguinho light. 

Lancha da manhã:

OPÇÃO 1: Quatro ameixas secas + duas nozes

OPÇÃO 2: Uma fatia média de abacaxi com raspas de casca de limão

OPÇÃO 3: Um copo de suco de melancia batido com gengibre. 

Em todas as opções: + Chá de hibisco 

Almoço:

OPÇÃO 1: Um prato (de sobremesa) de salada [folhas verdes (alface, agrião, rúcula) + uma colher (de sopa) de cenoura ralada + uma colher (de sopa) de beterraba ralada, temperadas com orégano, limão, um fio de azeite e pouco sal] + três colheres (de sopa) de arroz integral com salsinha + quatro colheres de sopa de estrogonofe de frango com creme de leite light ou um filé médio de peito de frango grelhado com cogumelos refogados + uma taça grande de gelatina de stevia.

OPÇÃO 2: Um prato (de sobremesa) de salada [folhas verdes (alface, agrião, rúcula) + uma colher (de sopa) de cenoura ralada + uma colher (de sopa) de beterraba ralada, temperadas com orégano, limão, um fio de azeite e pouco sal] + um filé de peixe (salmão ou tilápia ou congrio) assado + meio prato (de sobremesa) de legumes a vapor + quatro morangos ou uma maçã.

OPÇÃO 3: Um prato de folhas verdes com dois bastões de kani kama desfiados, cinco tiras finas de manga, um tomate com molho oriental (limão, shoyo light e um fio de azeite) + omelete com abobrinha (uma gema + duas claras + abobrinha ralada) + dois pegadores de macarrão integral ao sugo + uma taça de gelatina de stevia.

+ Chá de hibisco ou verde

Lanche da tarde:

OPÇÃO 1: Um pote de iogurte light + uma fatia de mamão

OPÇÃO 2: Uma banana assada com canela

OPÇÃO 3: Uma barra de cereais light + uma fruta (maçã, pera ou pêssego). 

+ Chá de hibisco

Jantar: 

OPÇÃO 1: Um prato de folhas verdes + dois nozinhos de mussarela de búfala + dois tomates secos + quatro colheres de frango desfiado + uma colher de crouton + quatro colheres de molho de iogurte com manjericão.

OPÇÃO 2: Um prato de folhas verdes + duas colheres de abacaxi em cubos + três fatias de peito de peru em tiras + um colher de cenoura ralada + uma colher de semente de girassol tostada.

OPÇÃO 3: Um prato de folhas verdes + uma lata de atum light + um tomate + ¼ de pimentão amarelo com cebola, salsinha e quatro colheres de molho de iogurte com ervas.

CEIA

OPÇÃO 1: duas castanhas do Pará (ou cinco castanhas de caju)

OPÇÃO 2: um potinho de Yakult + três ameixas secas

OPÇÃO 3: quatro damascos secos + uma xícara de chá de camomila

                                Água morna com suco de um limão, em jejum pela manhã

         Café da manhã: Suco de 1 banana + 2 laranjas + 1 fatia de mamão + um copo de água

Lanche da manhã: suco de couve + gengibre + 1 fatia de abacaxi + 1 limão + 1 copo de água (coloquei água de coco ao invés da água, ficou ótimo)

Mais uma descoberta desagradável... e a retirada dos pontos!

Gente... esse negócio de lipo é uma caixinha de surpresas, cada dia você descobre uma coisa que ninguém te contou antes...

Lá na Clínica, antes de ser liberada, uma enfermeira me disse que o roxo que fica na região do culote vai descendo até o joelho. Eu pensei "ok". O problema é que o meu está descendo muito além do joelho, já está ocupando a panturrilha e provavelmente chegará ao pé! O problema ainda maior é que isto dói muito! Há dois dias eu venho sentindo dor na panturrilha como se eu tivesse malhado horas e horas... Eu fiquei com medo, pensei até que pudesse ser trombose (credo), mas não é. O edema vai mesmo descendo  e quando ele chega perto do joelho é o lugar que mais dói. A enfermeira que faz minhas drenagens disse que já fez lipo na região do joelho e foi, disparado, o local onde ela sentiu mais dor. Agora entendo...

Vejam na foto como o edema já está espalhado na panturrilha:

Ontem fez dez dias de pós cirurgia! Fiz meu primeiro retorno à Clínica para tirar os pontos. Não dói, apenas dá uma "picadinha" na hora. Para minha lipo de culote/tronco/abdômen eu fiquei com 9 pontinhos espalhados, sendo um dentro do umbigo. O furinho da cânula é tão pequeno que basta um ponto para fechar e depois a cicatriz fica minúscula. Além disso o médico escolhe lugares estratégicos (dobrinhas naturais, umbigo, marcas de vacina), de modo que a cicatriz fique praticamente invisível. Os pontinhos incomodavam um pouco pois a linha é bastante grossa, agora estou livre deles! Estou feliz também porque 10 dias é um terço do tempo que terei que usar o macaquinho/espuma. Faltam 20 dias para me livrar do que realmente incomoda: a espuma!

Até mais!

Macaquinho, espuma e meia... um trio desagradável mas fundamental!

Antes de fazer a lipo eu já sabia que no pós-cirúrgico era preciso usar macaquinho, uma espuma e uma meia. Eu sabia mas não entendia nada sobre a importância disto, quantos dias teria que usar e o incômodo que trazia. Pois bem, agora que eu já tenho todas as respostas vou escrever aqui.

Há algum tempo não se usava nada disso no pós-cirúrgico de lipoaspiração. Entretanto, muitas mulheres reclamavam de um resultado insatisfatório em função do aparecimento de irregularidades na pele, demora na regressão do edema, etc. Foi então que surgiu o famoso macaquinho. Ele veio para ser usado logo após a cirurgia (sim, ele é colocado em você ainda no bloco cirúrgico) e durante, pelo menos, 30 dias após. Com a pressão da lycra há uma limitação no crescimento do edema fazendo com que a recuperação seja mais rápida. Esse macaquinho vira uma segunda pele da pessoa que foi lipada. É preciso ficar com ele o dia todo e tirar apenas para tomar banho e na hora das sessões de drenagem linfática. Para facilitar as idas ao banheiro, ele tem um buraco que deixa as "partes" livres. Veja a figura abaixo:

                                   Fonte: http://claudiasachs52semanas.wordpress.com/2010/04/04/cirurgia-plastica-o-macaquinho/

                   O meu é esse abaixo, com uma rendinha na perna, achei bem bonitinho!

Uma coisa fundamental é ter dois macaquinhos. Quando eu vi no meu orçamento da Clínica que eu teria que pagar por dois eu me assustei e nem entendi porque. Agora eu sei que seria impossível ter um só. Os motivos são simples. Primeiro, como você usa isso o dia inteiro, ele faz a função de uma peça íntima, e então não é higiênico ficar com ele mais do que um dia. Segundo, ele vai afrouxando ao longo do dia e se adaptando à forma do corpo. Como precisamos de pressão, a troca diária é fundamental.

Uma dica que eu dou é usar uma calcinha (grande e sem costura) por cima da cinta, de modo que não fique com "as partes" sem proteção.

Outra peça que me foi apresentada no dia seguinte ao da cirurgia foi a espuma. Eu contei no outro post como foi meu primeiro contato com esta coisa... nada agradável. Mas a questão é que a espuma é de fato fundamental para um bom resultado da lipo de abdômen. Sem a espuma o macaquinho entraria em contato direto com a pele. Quando assentamos ou fazemos qualquer tipo de movimento que dobre a barriga o macaquinho entra na pele criando sulcos que nunca mais saem. Seria como as marcas que temos nas mãos. A espuma serve para que o macaquinho não crie essas marcas na barriga e também para manter a postura. A enfermeira que faz minhas drenagens contou o caso de uma moça que deixou, por conta própria, de usar a espuma. Resultado, ela apareceu algum tempo depois na Clínica chorando e implorando pro médico consertar a barriga dela, pois havia criado um sulco cheio de fibrose em volta. O médico ficou furioso, pois a mulher não seguiu as instruções que ele deu. Ela acabou fazendo uma outra cirurgia pra tentar desfazer aquilo, e teve que passar por toda dor e processo de recuperação novamente. 

A espuma é a coisa que mais incomoda durante o pós-cirúrgico. Até hoje, que estou com 9 dias da cirurgia, eu sinto dores nas costas ao dormir, devido a espessura do negócio. Também é muito ruim para sair de casa. Apesar de eu já poder fazer tudo (menos ginástica), eu evito sair de casa porque com a espuma parece que eu sou super gorda e tenho que usar roupas mega largas para disfarçar... 

A liberação da espuma é simultânea com a liberação do macaquinho, ou seja, cerca de 30 dias.

                                                          Abaixo a minha espuma:

Mais um item da lista é o par de meias anti trombose. De tudo as meias são o que menos incomoda. Apenas dificulta ainda mais a escolha de uma roupa para sair na rua! É muito importante o uso dessas meias durante cerca de 12 dias após a cirurgia. Elas estimulam a circulação sanguínea, evitando o entupimento das veias por êmbulos (pedaços de sangue que podem obstruir a passagem da corrente sanguínea).

Apesar de todo esse aparato, fico muito feliz quando tiro tudo para tomar banho e dou uma conferida no espelho! O resultado está ficando ótimo! Amanhã já vou tirar os pontos e depois conto como foi!  ;-)

A primeira semana pós-cirurgia...

Hoje completou uma semana que fiz minha lipo. Nos primeiros dias pós-cirurgia o que mais me assustou foi o tamanho da minha virilha. Ninguém tinha me falado que era assim, então peguei o telefone e liguei para o meu médico. Ele me tranquilizou dizendo que era assim mesmo. Eu estava me sentindo um homemzinho ou, como diria minha prima, com um sapo boi no meio das pernas. Ao longo da semana o inchaço foi diminuindo e a roxidão também. Hoje já está praticamente normal, apenas um pouco inchada e roxa na parte inferior. Um outro drama muito grande, principalmente nos primeiros três dias, foi conseguir uma posição boa para dormir. Como a espuma é muito grossa, ela forma um calombo e faz com que as dores nas costas superem as dores da cirurgia. Apenas lá pelo quarto dia foi que, finalmente, consegui ter uma boa noite de sono. Descobri que dormir de lado era possível, e então me aliviou as costas.

Comecei a fazer drenagem linfática 72 horas após a cirurgia, ou seja, três dias depois. Sempre ouvi dizer que o sucesso de uma lipoaspiração depende muito da drenagem no pós-operatória. FATO. Após uma semana eu já estou praticamente desinchada. A escolha da pessoa que irá fazer a drenagem é muito importante. Não adianta ser qualquer pessoa, tem que ser alguém com experiência no pós-cirúrgico e que possua o equipamento de ultrassom. Como minha prima já trabalhou na Clínica ela me passou o telefone de uma moça que trabalha lá mas que também atende em casa. Fiz contato e então fechei com ela um pacote de 10 sessões (R$ 600,00). Foi a melhor coisa que eu podia ter feito. A Júnia tem 5 anos de experiência com pós-cirúrgico, tem o equipamento de ultrassom e atende em casa. Ela não tem pressa e cada sessão dura o tempo que precisar. Fiz três sessões em uma semana. Ela usou o ultrassom na função edema e na função fibrose, e trabalhou muito com as mãos. Eu não entendia bem esse negócio de fibrose, mas sabia que elas podem acabar com o resultado de uma lipo deixando a pele toda irregular e caroçada. A Júnia me explicou que a fibrose é a cicatrização do tecido que foi perturbado. Se elas não forem removidas com as drenagens forma-se uma camada dura e irregular abaixo da pele. Em mim apareceu uma fibrose do lado direito da barriga, mas a Júnia já está trabalhando pesado nela, e está diminuindo. Nos culotes ainda estou com um pouco de edema, normal, pois foi a área mais drenada. Sinto dores muito fortes ao encostar nos flancos (ou ex flancos, já que agora não tem mais nada!).

Minha alimentação continua saudável como no pré-operatório. Tomo suco com couve e colágeno todos os dias de manhã, sementes, etc... O fato da pessoa ter uma boa alimentação e também praticar exercícios regularmente faz com que a recuperação seja bem mais rápida. A Júnia me explicou que a drenagem ajuda a circulação da linfa. Quando a pessoa é sedentária essa linfa está praticamente parada no corpo, movimenta-se muito lentamente. Quando a pessoa é ativa, a circulação é bem mais acelerada. Como eu sempre fiz exercícios e também sempre fiz drenagens duas vezes por semana, meu corpo está apresentando um resultado muito bom em pouco tempo de pós cirurgia.

Outra coisa muito importante é não ficar parado. Todos os dias eu tento dar uma voltinha na rua, andar faz muito bem para ativar a circulação. Mesmo com essa espuma horrenda, que faz parecer que estou grávida, eu vou pra rua e não tô nem aí. Ontem mesmo fiquei um tempão no Mercado Central de BH! 
Também com uma semana acabaram os 7 dias de antibiótico. Graças a Deus. Ele tinha um cheiro horrível e fazia minha urina ficar com um odor muito desagradável.

Agora eu vou dizer uma coisa que vem me incomodando, mas que não tem nada a ver com as dores da cirurgia, tem a ver com pensamentos distorcidos das pessoas sobre a lipoaspiração. Duas frases que ouvi de pessoas próximas a mim me deixaram chateada ao longo dessa semana. A primeira foi durante uma refeição, a pessoa vira pra mim e diz: “ééé agora sua dieta vai ter que mudar né”. E eu respondi: “você vai me dizer isso toda vez que eu for comer agora?” e a pessoa disse “claro”. E eu disse: “Porque você não olha pra sua própria barriga”. E a pessoa disse: “Porque eu não fiz lipo”. Eu senti uma tristeza tão grande ao ouvir tamanho absurdo. Primeiramente, minha alimentação sempre foi boa, nunca fui uma pessoa descontrolada e viciada em doces e tal... e eu sempre malhei muito. Se eu fiz lipo foi para tirar gorduras localizadas que me incomodavam e que não saíam nem a pau pelos métodos tradicionais. Agora só porque eu fiz lipo todo mundo vai querer controlar o que eu como e o que eu faço como se eu fosse uma ex gorda e não pudesse ter mais nenhum momento de prazer comendo um doce de agora em diante? Óbvio que eu tenho noção do que eu quero pra mim. Se eu me submeti a uma lipo é porque eu quis me sentir melhor, e a tendência é eu lembrar disso toda vez que pensar em enfiar a cara numa feijoada. Não preciso de ninguém pra me lembrar das dores que estou sentindo.

Outro momento que me deixou chateada foi ao comentar com uma pessoa que eu estava sentindo muitas dores e que tava foda. A pessoa respondeu: “mas foi escolha sua, então aguenta”. Clarooo que eu tô aguentando, e eu não sou nem um pouco fresca e nem fraca e nem saio falando das minhas dores pra todo mundo, apenas pros mais chegados. Mas só porque eu escolhi fazer uma lipo, que é um procedimento ultra mega agressivo ao corpo, eu não tenho o direito de sentir dor? Agora eu não posso chorar, eu não posso reclamar, e não posso ficar de mal humor, tudo porque foi uma opção minha? Enfim... pensei então que é melhor eu me calar e falar das minhas dores apenas pra mim mesma, assim o mundo fica achando que lipo não dói.

O que importa é que, após uma semana, eu estou me sentindo muito bem! O resultado está cada vez mais visível, as dores estão começando a passar, os roxos estão sumindo gradualmente e já posso usar calça de lycra sem me importar em tampar as duas bolinhas nas laterais da minha bunda, adeus culote!

A cirurgia e as primeiras horas depois...

Cheguei na clínica às 8:00h, preenchi o termo de responsabilidade, dei o resto dos cheques que faltavam, entreguei todos os exames e então a enfermeira levou eu, minha mãe e meu namorado para o quarto onde eu ficaria após a cirurgia. O quarto é simples, mas muito limpo e tinha tudo que precisava. A enfermeira me orientou a tirar toda a roupa e vestir um avental, uma touca e um protetor para os pés. Tive que tirar todos os brincos e acessórios. Prontinha, fiquei esperando ali mesmo no quarto. A cirurgia estava marcada para 8:30h, mas a enfermeira apareceu para me buscar apenas às 9:30h. Essa uma hora de espera me deixou bem ansiosa, queria acabar logo com aquilo...

Finalmente apareceu a enfermeira, me despedi da minha mãe e do namorado e fui para o bloco cirúrgico. Logo chegou o Dr. Fernando que, primeiramente, tirou fotos minhas encostada em uma parede azul. Foto de frente, de lado de costas. Pronto, foi a última foto do culote que me acompanhou por tanto tempo! Rsrs Depois das fotos começou a marcação com canetinha em todas as áreas do meu corpo que seriam lipadas. Feito isto, a enfermeira me pesou e então me deitou na maca, onde eu seria o centro das atenções nas próximas quatro horas. O Dr. Fernando Basílio, anestesista, entrou na sala fazendo brincadeiras para descontrair e já foi injetando o sedativo na veia da minha mão. Falei mais umas meia dúzia de palavras e depois disso fui pra outra esfera, não lembro de mais nada. Em algum momento eu comecei a abrir o olho e lembro de ter visto um monte de panos azuis na minha frete e de ter tentado falar alguma coisa e sentir algo dentro da minha barriga. De certo comecei a acordar mas logo devem ter dado mais um grau no sedativo e apaguei de novo. Depois disso acordei já bem lesada na cama do quarto. Quando eu despertei ainda estava muito dopada, falei algumas coisas que nem lembro, mandei mensagens pelo celular que também nem lembrava e até conversei com o Dr. Fernando e pedi pra ver minha gordura, claro que ele não deixou! Kkkkkk Disseram que foram retirados 4,5 litros de gordura, o que corresponde à, aproximadamente, 4 kg! A maior parte saiu do culote e o restante dos flancos e abdômen. É assustador pensar que tudo isso saiu de dentro de mim...

A anestesia que tomei foi peridural, aquela que paralisa só da cintura pra baixo. O efeito do sedativo passa bem antes do da anestesia e então, durante um bom tempo após chegar no quarto, eu fiquei sem sentir minhas pernas. Imediatamente após a cirurgia eu já comecei a receber soro na veia, pois a drenagem provoca uma grande desidratação. Acontece que com a aplicação do soro veio logo a vontade de fazer xixi e aí veio também a parte complicada da história. Percebi que estava já vestida com o tal macaquinho e que ele tinha um buraco na região da virilha. Com a ajuda da enfermeira e da minha mãe eu levantei, mas não sentia direito minhas pernas, o que fez com que a caminhada até o banheiro fosse uma aventura perigosa. Fazer o xixi também não foi nada agradável. Ainda não tinha acostumado com a lycra e minha virilha estava muito inchada. Além disso, ao me olhar no espelho do banheiro percebi que o macaquinho estava sujo de sangue pra todo lado. Assustei, mas a enfermeira avisou que nas horas que sucedem a lipo ainda ocorre o dreno pelos buraquinhos por onde foram feitas as incisões. Assim, toda vez que eu ia ao banheiro a enfermeira aproveitava e trocava a minha camisola e o lençol da cama. Esse dreno acontece só no dia da lipo, parando completamente no dia seguinte.

Aos poucos fui voltando a sentir minhas pernas, fui recuperando a lucidez e foi batendo fome. Estava já há mais de 20 horas sem comer... O lanche chegou e eu fiquei muito feliz, pão de queijo!! Meu pai chegou para ficar um pouco comigo, minha prima foi me visitar... as horas passaram depressa. Já na clínica comecei a tomar muita água, minha boca ficava muito seca. Eu estava com a pele branca e fria. Meu pai pediu para que algum médico verificasse a possibilidade de me dar um suplemento de ferro, já que meu nível de hemácias é sempre bem baixinho. A enfermeira então olhou meus exames e disse que não havia necessidade pois minha hemoglobina estava numa faixa boa. Esta mesma enfermeira trouxe a notícia de que minha lipo tinha tido um resultado ótimo. Ela estava no bloco cirúrgico na hora e disse que o culote saiu todo e que eu tinha ficado com uma cinturinha de pilão! Fiquei feliz por isto.

Todos foram embora e ficamos só eu e meu namorado. Ele iria dormir no sofá cama que tinha ao lado da cama onde eu estava. Por volta das 19h recebi uma injeção de anti-coagulante no braço, o mesmo que eu teria que aplicar em mim mesma nos próximos 6 dias, sempre no mesmo horário. Às 20h chegou a minha janta. Uma sopinha de hospital, mas até que saborosa. Às 23h recebi dois remedinhos, um para dor e outro para dormir. E então eu dormi.

No meio da madrugada parece que o efeito do remédio pra dor passou e eu comecei a sentir uma dor absurda. Tive que chamar a enfermeira para me dar mais um remédio. Foi ótimo, ela deu o remédio e então eu voltei ao sono. No dia seguinte de manhã acordei já com a expectativa da alta. Chegou meu café, pão de queijo com suco! Ao ir ao banheiro percebi minha virilha muuuuito inchada, não achei bom. Ainda saia algum sanguinho pelos buraquinhos da drenagem, mas muito pouco. Por volta de 8h o Dr. Fernando apareceu no quarto. Disse que tinha dado tudo certo e que uma enfermeira viria para me dar as recomendações para seguir em casa. A Dr. Flávia então me passou toda a lista de medicamentos (antibiótico, anti-inflamatório, anticoagulante, pomada, analgésico), disse que eu teria que retornar em 10 dias para tirar os pontos e depois em 45 dias para alta definitiva. Também frisou a importância do uso da meia (aquela para evitar trombose), do macaquinho e da espuma, que viria a se tornar, mais tarde, o terror da minha vida.

Em seguida veio a enfermeira que me ajudaria a tomar meu primeiro banho pós-cirúrgico. A Bruna me ajudou a levantar da cama e, no banheiro, começamos a tirar todo o arsenal... De repente, ao me olhar no espelho eu desandei a chorar. Como eu tinha dito, antes da cirurgia e até agora eu não tinha chorado nada, mas quando eu me vi no espelho pela primeira vez me veio um misto de emoções. Fiquei muito feliz  por perceber que já era notável a diferença do meu corpo, emocionada por ter realizado o sonho de tirar meu culote, chocada com a quantidade de roxos e inchaços, dolorida, corajosa, forte, frágil... Nossa, como foi maluco aquele momento...

Tomei o banho com todo cuidado, pois tudo doía. Depois do banho finalmente me foi apresentada a maldita espuma. A espuma é muito grossa e deveria estar envolvendo meu abdômen durante todo o tempo em que eu estivesse usando o macaquinho, ou seja, cerca de 40 dias... Quando a Bruna começou a colocar aquilo em mim eu não acreditei... como o macaquinho fecharia? Mas fechou e eu fiquei completamente sufocada. Coloquei meu vestido larguinho que levei justamente para sair da Clínica, minha meia e fui. Chegando na portaria da Clínica, onde meu pai me buscaria, senti um enjoo enorme, senti que se não tomasse algo eu certamente vomitaria. Então eu voltei para dentro da Clínica e pedi um remedinho. Foi ótimo, não fiquei mais enjoada depois disso.

Entrei no carro com dificuldade e meu pai teve que andar bem devagar para que eu não morresse de dor. Agora, com os remédios em mãos, chegou a parte mais difícil de todas, passar pela fase de dor e incômodo e esperar ansiosamente pelo dia de ver o resultado final.

O pré-cirúrgico...

Saindo do consultório fui resolver as questões práticas, forma de pagamento (3X sem juros e um total de 7800 reais), cuidados pré cirúrgicos e exames a serem realizados. Saí da Clínica Forma (www.clinicaforma.com.br) muito feliz e já ansiosa. Resolvi que iria contar sobre a cirurgia a um menor número de pessoas possível. Apesar de estar certa da minha decisão o medo também existia e, quanto mais eu falasse sobre o assunto menos coragem e mais ansiedade tomariam conta. No meio de tantas perguntas acabei esquecendo de pedir ao Dr. Fernando para ver as fotos de “antes de depois” de cirurgias como a minha... Foi um vacilo porque depois, quando fui pesquisar na internet, pouco achei dessas imagens.  

A minha prima Flávia, que já tinha feito lipo com o Dr. Fernando, e também trabalhado como secretária da Clínica por quatro anos, me incentivou bastante e me deixou também muito mais tranquila. Eu estava um pouco apreensiva com o fato de não haver UTI na Clínica. Algumas pessoas, inclusive meu pai, ficaram preocupados com isto e disseram que era melhor fazer em um hospital. Mas as referências que eu tinha do Dr. Fernando eram tão boas, que eu preferi fazer na Clínica do que escolher um médico qualquer apenas pelo fato de fazer o procedimento no hospital. Foi a escolha certa. Descobri que quando você decide fazer uma cirurgia plástica o mais importante de tudo são as indicações e referências que você tem do médico. É fundamental ter confiança no profissional que vai “te desenhar” de novo.

Os dias foram passando e então comecei a realizar meus exames pré-cirúrgicos.  Como eu já vinha sentindo umas palpitações no coração resolvi não apenas fazer o chamado risco cirúrgico, mas sim fazer um check-up cardiológico completo. Fiz eletrocardiograma, teste de esforço físico na esteira, holter (aquele que você fica monitorado 24 horas), ecocardiograma, exames de sangue e urina. Depois de tudo isso ficou provado que minhas palpitações tiram origem emocional e não fisiológicas. Fatores externos estavam provocando minhas disritmias e então tudo que eu precisava fazer era controlar minhas emoções. Verificado isto o cardiologista me entregou então o risco cirúrgico preenchido. O outro exame que precisava fazer era o pré-anestésico. Minha intenção era fazer em Brasília, assim como eu fiz todos os outros exames, entretanto, algumas pessoas me disseram que o melhor seria fazer com o anestesista que fosse estar presente no dia da cirurgia. Assim, aproveitando uma viagem à BH marquei uma consulta com o Dr. Fernando Basílio, anestesista da Clínica Forma, que me foi super recomendado. A consulta pré-anestésica é muito simples. Ele olhou meu exames de sangue, perguntou se eu aguentava correr alguns quarteirões, se eu fumava, se eu bebia, quantos anos eu tenho... Aproveitei a oportunidade para esclarecer minhas dúvidas sobre o tal do choque anafilático. Ele disse que há esse risco, mas não tem como prever se a pessoa terá ou não. Disse que as estatísticas mostram que um índice baixíssimo de pessoas têm esse tipo de problema, mas caso acontecesse comigo a clínica teria toda a parafernalha necessária para encaminhar o paciente para um hospital imediatamente. Saí do consultório sentindo muita segurança no anestesista, ele foi muito realista e, assim como o Dr. Fernando Amaral, firme no que dizia. Foi muito bom ter feito a consulta com o próprio anestesista que iria estar comigo na cirurgia, afinal, metade do sucesso de uma lipo está atrelada à competência do anestesista.

Agora sim, estava tudo pronto, faltava apenas o teste de gravidez, que deixei pra fazer bem na véspera da cirurgia, por motivos óbvios. Eu tinha parado de tomar anticoncepcional, já que é sabido que este pode facilitar a ocorrência de trombose no pós-cirúrgico. Outra dica muito boa que me deram foi a de começar a tomar arnica (manipulada em farmácia homeopática) uma semana antes da cirurgia e continuar tomando algumas semanas após. Não sei qual seria o efeito sem ela, mas o fato é que preferi não arriscar, comprei e logo comecei o uso.

Além de tudo isto, também passei a adotar uma alimentação bem natureba nas semanas que antecederam à cirurgia. Eu pensei, se meu corpo estiver bem alimentado e equilibrado a recuperação será indiscutivelmente melhor. Suco verde (coco verde + couve) toda manhã, açafrão (poderoso anti-inflamatório), alho, chá verde, colágeno, chia, sementes diversas, Centrum... Diminuí também o álcool e as coisas gordurosas.

Os dias foram passando e a ansiedade aumentando. Conversando com uma amiga que já tinha feito cirurgia plástica eu vi que eu estava até calma demais. Ela disse que chorou todos os dias durante um mês antes do procedimento dela! Eu não tinha chorado e nem pensado em desistir hora nenhuma. Ansiosa eu estava sim, e confesso que em alguns momento me passou pela cabeça até pensamentos ruins do tipo “vou deixar escrito todas as minhas senhas em um papel pois se algo acontecer as pessoas podem ter acesso a tudo”. Credo. Xô pensamento ruim.

Finalmente chegou o dia de pegar o avião e ir para BH! Cheguei no dia 07 de setembro, dia da Independência do Brasil. Dia 09 seria o dia da Independência do meu culote!! Não via a hora! Em casa todos estavam muito tranquilos com relação à minha cirurgia, meu pai, minha mãe, minhas irmãs, meu namorado... Isto me tranquilizou muito. Chegamos até a brindar ao fim do meu culote e fizemos fotos de despedida com todo mundo pegando na minha bunda! Kkkkkkkk Assim foi suave esperar o final de semana passar e ir para a clínica na segunda-feira de manhã. No domingo a noite ainda fomos à hamburgueria da minha prima Flávia, a que fez a lipo com o Dr. Fernando, e comemos um hambúrguer delicioso, talvez o último dos próximos tempos. Ela me deu os últimos votos de sucesso na cirurgia e disse que ia dar tudo certo!

Depois do hambúrguer comecei meu jejum. O jejum deve ser de 8 horas, mas como não consegui comer mais nada depois o meu acabou sendo de mais de 12 horas... Este jejum não é só de comida e sim de bebida também, inclusive água! Como eu sinto muita sede a noite fiz um esquema que funcionou. À meia noite eu coloquei o despertador para tocar e então tomei um copão de água, depois dele foi fácil ficar até o outro dia sem água!

O começo da história...

Fazer uma lipoaspiração nos culotes era um sonho antigo. Desde quando começaram a aparecer as curvas no meu corpo o culote esteve presente. Genética. A danada da genética realmente funciona e ela aparece em coisas muito boas mas também onde você não queria. Mesmo nas minhas fases mais magrinha lá estava ele... o bendito culote.

Dos 20 aos 28 anos sempre consegui manter sob controle esse danado, mas desde que saí da casa dos meus pais e me mudei para Brasília a coisa começou a desandar. Comer fora de casa, ter dinheiro para barzinhos, petiscos, cervejas, drinks... Mesmo fazendo bastante exercício físico a gordurinha, que já era localizada, passou a crescer desordenadamente. Do culote passou para os flancos, que também sempre estiveram presentes mas em nível bem mais moderado. E dos flancos finalmente atingiram a barriga, esta sim para minha surpresa, já que eu sempre dizia com muito orgulho que eu tinha bunda, mas barriga não. Claro, na barriga ela ainda estava bem menos evidente do que nos culotes, mas o conjunto da obra já me incomodava bastante.

Nos últimos tempos a idéia de fazer uma lipoaspiração foi tomando corpo. Entrei em contato com uma prima minha que já tinha feito duas lipos e trabalhado como secretária do cirurgião dela em BH. Descobri que outra prima também já tinha operado com o mesmo médico e mais duas pessoas conhecidas também. Certa de que se eu fosse fazer a cirurgia seria com esse cara, marquei uma consulta. Dr. Fernando Amaral é o nome dele.

Em meados de julho fui à BH para a consulta. Antes eu li bastante sobre o assunto na internet e anotei todas as minhas dúvidas em um papel, pois sabia que na hora eu iria esquecer de tudo que queria perguntar. Chegou a hora. Entramos eu e minha mãe no consultório e então eu disse que queria acabar com meu culote e meus flancos. “Abaixe as calças e levante a blusa” disse ele. E então ele concordou com meu desejo e ainda acrescentou “vamos fazer a barriga também”. Quando eu entrei no consultório eu estava  certa de que não faria barriga, tinha medo. “Medo do que?” disse ele. Eu expliquei que tinha medo por ser uma região com órgãos vitais. Então ele disse com toda convicção “é tudo a mesma coisa! Para ficar perfeito preciso mexer um pouco na barriga”. OK. Ele foi tão firme no que dizia e me passou tanta segurança que acabei concordando. Minha cirurgia seria então a de tronco + culote e seria realizada no dia 09 de setembro de 2013.