terça-feira, 17 de setembro de 2013

O pré-cirúrgico...

Saindo do consultório fui resolver as questões práticas, forma de pagamento (3X sem juros e um total de 7800 reais), cuidados pré cirúrgicos e exames a serem realizados. Saí da Clínica Forma (www.clinicaforma.com.br) muito feliz e já ansiosa. Resolvi que iria contar sobre a cirurgia a um menor número de pessoas possível. Apesar de estar certa da minha decisão o medo também existia e, quanto mais eu falasse sobre o assunto menos coragem e mais ansiedade tomariam conta. No meio de tantas perguntas acabei esquecendo de pedir ao Dr. Fernando para ver as fotos de “antes de depois” de cirurgias como a minha... Foi um vacilo porque depois, quando fui pesquisar na internet, pouco achei dessas imagens.  
A minha prima Flávia, que já tinha feito lipo com o Dr. Fernando, e também trabalhado como secretária da Clínica por quatro anos, me incentivou bastante e me deixou também muito mais tranquila. Eu estava um pouco apreensiva com o fato de não haver UTI na Clínica. Algumas pessoas, inclusive meu pai, ficaram preocupados com isto e disseram que era melhor fazer em um hospital. Mas as referências que eu tinha do Dr. Fernando eram tão boas, que eu preferi fazer na Clínica do que escolher um médico qualquer apenas pelo fato de fazer o procedimento no hospital. Foi a escolha certa. Descobri que quando você decide fazer uma cirurgia plástica o mais importante de tudo são as indicações e referências que você tem do médico. É fundamental ter confiança no profissional que vai “te desenhar” de novo.
Os dias foram passando e então comecei a realizar meus exames pré-cirúrgicos.  Como eu já vinha sentindo umas palpitações no coração resolvi não apenas fazer o chamado risco cirúrgico, mas sim fazer um check-up cardiológico completo. Fiz eletrocardiograma, teste de esforço físico na esteira, holter (aquele que você fica monitorado 24 horas), ecocardiograma, exames de sangue e urina. Depois de tudo isso ficou provado que minhas palpitações tiram origem emocional e não fisiológicas. Fatores externos estavam provocando minhas disritmias e então tudo que eu precisava fazer era controlar minhas emoções. Verificado isto o cardiologista me entregou então o risco cirúrgico preenchido. O outro exame que precisava fazer era o pré-anestésico. Minha intenção era fazer em Brasília, assim como eu fiz todos os outros exames, entretanto, algumas pessoas me disseram que o melhor seria fazer com o anestesista que fosse estar presente no dia da cirurgia. Assim, aproveitando uma viagem à BH marquei uma consulta com o Dr. Fernando Basílio, anestesista da Clínica Forma, que me foi super recomendado. A consulta pré-anestésica é muito simples. Ele olhou meu exames de sangue, perguntou se eu aguentava correr alguns quarteirões, se eu fumava, se eu bebia, quantos anos eu tenho... Aproveitei a oportunidade para esclarecer minhas dúvidas sobre o tal do choque anafilático. Ele disse que há esse risco, mas não tem como prever se a pessoa terá ou não. Disse que as estatísticas mostram que um índice baixíssimo de pessoas têm esse tipo de problema, mas caso acontecesse comigo a clínica teria toda a parafernalha necessária para encaminhar o paciente para um hospital imediatamente. Saí do consultório sentindo muita segurança no anestesista, ele foi muito realista e, assim como o Dr. Fernando Amaral, firme no que dizia. Foi muito bom ter feito a consulta com o próprio anestesista que iria estar comigo na cirurgia, afinal, metade do sucesso de uma lipo está atrelada à competência do anestesista.
Agora sim, estava tudo pronto, faltava apenas o teste de gravidez, que deixei pra fazer bem na véspera da cirurgia, por motivos óbvios. Eu tinha parado de tomar anticoncepcional, já que é sabido que este pode facilitar a ocorrência de trombose no pós-cirúrgico. Outra dica muito boa que me deram foi a de começar a tomar arnica (manipulada em farmácia homeopática) uma semana antes da cirurgia e continuar tomando algumas semanas após. Não sei qual seria o efeito sem ela, mas o fato é que preferi não arriscar, comprei e logo comecei o uso.
Além de tudo isto, também passei a adotar uma alimentação bem natureba nas semanas que antecederam à cirurgia. Eu pensei, se meu corpo estiver bem alimentado e equilibrado a recuperação será indiscutivelmente melhor. Suco verde (coco verde + couve) toda manhã, açafrão (poderoso anti-inflamatório), alho, chá verde, colágeno, chia, sementes diversas, Centrum... Diminuí também o álcool e as coisas gordurosas.
Os dias foram passando e a ansiedade aumentando. Conversando com uma amiga que já tinha feito cirurgia plástica eu vi que eu estava até calma demais. Ela disse que chorou todos os dias durante um mês antes do procedimento dela! Eu não tinha chorado e nem pensado em desistir hora nenhuma. Ansiosa eu estava sim, e confesso que em alguns momento me passou pela cabeça até pensamentos ruins do tipo “vou deixar escrito todas as minhas senhas em um papel pois se algo acontecer as pessoas podem ter acesso a tudo”. Credo. Xô pensamento ruim.
Finalmente chegou o dia de pegar o avião e ir para BH! Cheguei no dia 07 de setembro, dia da Independência do Brasil. Dia 09 seria o dia da Independência do meu culote!! Não via a hora! Em casa todos estavam muito tranquilos com relação à minha cirurgia, meu pai, minha mãe, minhas irmãs, meu namorado... Isto me tranquilizou muito. Chegamos até a brindar ao fim do meu culote e fizemos fotos de despedida com todo mundo pegando na minha bunda! Kkkkkkkk Assim foi suave esperar o final de semana passar e ir para a clínica na segunda-feira de manhã. No domingo a noite ainda fomos à hamburgueria da minha prima Flávia, a que fez a lipo com o Dr. Fernando, e comemos um hambúrguer delicioso, talvez o último dos próximos tempos. Ela me deu os últimos votos de sucesso na cirurgia e disse que ia dar tudo certo!

Depois do hambúrguer comecei meu jejum. O jejum deve ser de 8 horas, mas como não consegui comer mais nada depois o meu acabou sendo de mais de 12 horas... Este jejum não é só de comida e sim de bebida também, inclusive água! Como eu sinto muita sede a noite fiz um esquema que funcionou. À meia noite eu coloquei o despertador para tocar e então tomei um copão de água, depois dele foi fácil ficar até o outro dia sem água!

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